15 fevereiro, 2008

vemelho, vermelhaço, vermelhão

É, nunca foi tão preocupante, atormentante, chato e, principalmente, atrasado.
Desde o ínicio dessa nova fase, - que não é nada fácil - da minha vida, esteve lá, todo mês, mostrando-me que sempre posso renovar. E ainda me lembrando que enquanto estiver comigo, não devo me sentir preocupada.
Também, em certas épocas do mês, obrigava-me a vestir certas roupas menos apertadas e a não tomar um bom banho de mar. Talvez por ciúme, por pensar que eu demonstraria coisas que não deveriam ver, ou que mancharia a cabeça das pessoas.
Era até anti-safadinhos em alguns momentos! Quando estavam lá, tentando algo que não conseguiriam e/ou não deveriam no momento, eu usava o seu nome para os afastar. Dava certo. Mesmo não estando comigo ali, no momento, ajudava-me. Eles te temem e nem pensam duas vezes antes de tentar algo, acham que é um grosso. Mal sabem eles que na hora certa me ajuda a ter mais prazer. Isso que é proteção.
Até quando eu estava com outros aparecia mais ou menos na mesma época. Ainda bem. Essa sua presença mensal me aliviava imensamente.
Até que certo dia não apareceu.
(...)
Desastre. Tinha que ser comigo? É, acho que sim... o meu descuido me fez não ter mais sua companhia mensal, tranquilizadora e necessária para a minha idade.




Nove meses depois de sua falta eu percebo que era tão importante para mim.
Tarde demais.

Maldita menstruação.